quarta-feira, 4 de março de 2009

EDITORIAL

Daqui de Barretos, estarei "blogando" as notícias ( que são muitas), do que está acontecendo aqui.
Após a última confraternização em São Paulo, a Elisete Tedesco, uma das nossas representantes no GVIVE, conseguiu reunir uma turma de peso, para agregarmos nossas memórias.
Assim, em fevereiro/09, estiveram aqui Luigy (Luiz Carlos Marques) - Presidente do GVIVE, o Eduardo Amos; também ex-aluno, representante da gvive de Rio Claro e atual professor aposentado, que se dispõe a fazer palestras, participar de eventos, etc, tudo para falar da importância do Sistema de Ensino Vocacional, e Satie Wada, ex-aluna, cineasta e responsável pelas filmagens de vários depoimentos.
Aí lá fomos nós para o Hotel Berrante Dourado, do nosso colega Conrado, e ali fizemos gravação do depoimento da professora Shuishen, que foi emocionante.
Como também o depoimento do professor Espedito, que foi feita dentro do predio do Vocacional, onde funcionava o laboratório. Esse depoimento levou todos nós às lágrimas, aí todos nós o aplaudimos de pé, deixando-o ainda mais comovido. Ele simplesmente contou toda a história da nossa escola, até o abrupto final.
Foi feita também uma entrevista com o vice-prefeito Mussa Calil Neto, Secretário Municipal da Saúde, que, nos assegurou uma ampla sala para que fizessemos o "Memorial do Vocacional de Barretos", dentro do prédio, onde será exposta a nossa história, como também todo o material que conseguirmos recuperar, pois muitos deles foram queimados . Esperamos contar também, com a ajuda dos colegas, que tenham material, que eles possam ser disponibilizados para a digitalização, para agregarmos ao acervo que conseguirmos. Esse material que nos for cedido será devolvido.(Também aceitamos doações).
Essa visita, com o estudo do meio ao predio da escola, acendeu nosso desejo de não deixarmos nossa escola morrer.
Não podemos nos esquecer, que este ano completa QUARENTA ANOS DE EXTINÇÃO DO ENSINO VOCACIONAL . No dia 12/12/1969, às 12 horas, o nosso sonho foi interrompido.
É hora de nos unirmos para não deixarmos essa história de sucesso educacional ser enterrado como queria a ditadura militar, nos estigmatizando como subversivos e comunistas.
Todos nós, os vocacianos, somos cidadãos conscientes de nosso lugar na sociedade, e temos nosso espaço na história do ensino brasileiro.
Não podemos deixar, de maneira alguma, essa história, que é um
sucesso, ser enterrada nos porões da ditadura militar.

Sem mais, meu abraço fraterno
Humberto Saggin

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