terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Escola da Vida - Dorinha

Oi pessoal sou da turma de 1965. A terceira turma do Vocacional de Barretos. Sempre me lembro daquele espaço com muito carinho. Costumo dizer que o Vocacional Embaixador Macedo Soares foi uma escola de vida. Vanguardista, escola que nos ensinou a sermos verdadeiros cidadãos em nosso meio. Lembranças queridas dos colegas e professores, estão nos fazendo, nesses 40 anos de extinção do ensino Vocacional, nos encontrarmos através dos e mails relembrarmos nossas histórias e percorrermos nossa trajetória até aqui. Abraços fraternos á todos.
Dorinha Vitali .

O Simbolo deste Blogue.... é um presente do Colega Osnei

Nossos agradecimentos ao colega Osnei Rocco, pelo excelente desenho do Símbolo do GV Embaixador, que estampa este blogue.
Parabéns.

Noooossa !!! Marilda

Noooossa!!!!
Que oportunidade maravilhosa encontrar vocês novamente!
Denise, muito obrigada!

Confesso que fui às lágrimas ao ver a foto que a Elizete enviou. Ver tantos rostos adultos daquelas ainda crianças, quase adolescentes, que tanto marcaram nossas vidas. Tadeu e Osvaldo! Que saudade de vocês. E o Caique, onde está?

Li a mensagem do prof. Expedito e também me emocionei.

Passei toda a minha vida envolvida com ensino (na Unicamp) e sempre tentei levar para meus alunos um pouco do que aprendi com nossos professores.
O Voca foi e sempre será o meu ideal de escola. Ao buscar escola para meus filhos, sempre tinha uma crítica a fazer, fosse qual fosse a escola, porque ela nunca era nem de perto parecida com o vocacional.

Sim, tenho muitas lembranças para compartilhar com vocês e fotos também.

Vou aproveitar o feriado e fazer uma “busca” na minha imensa caixa de fotografias para mandar para vocês fotos daquele tempo.

Quem se lembra da musiquinha que cantávamos no ônibus (ou trem), nos estudos do meio:

"Oi quem vem lá, linda morena, o cinza e branco que quer passar.
O cinza e branco, sinal de guerra: Vocacional que estremece a terra!"


E cantávamos isso com o maior orgulho!

Eu me lembro até do começo do namoro entre o prof. Daniel e a profa. Zaira, as trocas de olhares num desses estudos do meio... E nós ficávamos torcendo para que aquilo desse certo...


Vocês se lembram de um desfile, no aniversário da cidade, auge da ditadura, em que caminhamos em bloco, coeso, um carro de boi na frente (acho), com uma faixa dizendo “porque gado a gente marca, tange, ferra engorda e mata” e na frente do bloco de alunos, carregávamos a continuação da frase “mas com gente é diferente”? Aquilo marcou minha vida.


Um fato muito curioso: vocês se lembram da profa. Nilce Miguel, de Educação Física? Pois é, eis que um dia eu me encontro com ela como professora do Colégio Técnico da Unicamp, onde eu também dava aulas. Foi muito emocionante encontrar com ela e passar a ser colega de trabalho daquela que um dia foi minha professora. Ela tinha (acho que ainda tem) e me mostrou a minha, as FOA’s – ficha de observação do aluno – onde anotava tudo sobre cada uma das alunas. Se for possível, vou incluí-la nessa lista.



Bom, acho que por enquanto é isso. Vou procurar fotografias agora.

Um beijo em cada um de vocês.


Marilda

Marilda Solon Teixeira Bottesi

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

As cenouras - Dorinha

Bom dia, para vc então Dalton, estou acompanhando suas memórias e me deleitando com elas.
Lembrei até das minhas próprias aulas de Práticas Agrícolas no antigo prédio do Voca . Do professor Cleomar , tinha um outro, ñ me lembro se era o professor Artur. Das nossas plantações de cenoura, das alfaces, do viveiro de pintinhos, que depois esses itens em tempo de colheita iam para a cozinha para as nossas refeições.
Também estou fazendo uma viagem ao passado e tentando recordar coisas pitorescas da minha turma (1965).Logo escreverei algumas para vcs.
Abraços fraternos

Dorinha Vitali ( a das trancinhas )

Pronunciamento do Prof. Espedito de Oliveira e o "fuzue!

Oi Elizete,
Vc pediu e encaminhei o texto que fiz, a respeito de uma reportagem na revista Veja, sobre o ensino na Finlândia, que acho oportuno em função do "fuzuê" que está acontecendo e talvez algumas interpretações errôneas, principalmente a respeito de nossos alunos qd começaram a frequentar o "colegial" no Estadão, surgindo vários problemas de relacionamento entre nossos alunos e professores.

Fui aluno do Estadão e lá aprendi a gostar de vários professores e em especial da Professora Lydia Scannavino (no tempo solteira, depois casou-se com prof.Valois Scortecci) que eu admirava muito, tanto que fui fazer o curso superior de Geografia, mas tenho a ressaltar que em suas aulas somente abriamos a boca para "presente", pois a mesma ficava sentada na "catedra" e o máximo que fazia qd o assunto era novo ou utilizava um mapa, ficava em pé no tablado e com uma varinha ia apontando para o mesmo e dando suas explicações, assinalando alguma coisa, mas, sem nenhuma participação nossa (alunos) e por incrível que pareça foi lá que fui reprovado em exame de segunda época que fiquei por não ter comparecido na prova realizada em dezembro, pois estava com pneumonia e naquela época exigia de 1 a 2 meses, fechado em casa, sob severa alimentação especial (ainda não havia pinicilina) e em função disso fui fazê-la em uma data especial, pois já havia passado o tempo para fazer o exame de seg.época.

O professor que me aplicou a prova não foi o da cadeira, professora Silvia Bezerra, mas o diretor da escola, prof.Raul A.Ferreira (pessoa pela qual tenho gd estima). que sentado em uma mesa e eu em frente começou a minha "prova". Escreva: Dictee - La Maison et très ... e assim por diante, evidente que fui reprovado e novamente fiz a segunda série ginasial (foi a única reprovação) e na época meu único consolo foi minha mãe que estava esperando-me na porta da escola, em uma charrete de aluguel (não vão rir) pois era mt comum utilizar tal tipo de transporte e eu ainda encontrava-me em processo de recuperação.

Por que conto td isso ou falo sobre isso.

Em função de que praticamente tds als do nosso VOCA dizem e afirmam que os professores do Estadão não gostavam deles, isto até é possível, mas a explicação, que na época procuramos investigar (pois tinhamos vários amigos nossos lá) é que os nossos alunos habituados a ir fundo nos problemas ou assunto de qualquer matéria, da mesma maneira que faziam qd em nossas aulas, lá não era possível, colocando mts vezes os professores numa grande "saia curta" pois os mesmos não estavam preocupados na formação de cidadões atuantes, com objetivos mais amplos de socialização, etc..., mas sim apenas com os conteúdos de suas matérias, não permitindo qualquer tipo de diálogo e tds tinham que passar por lá, pois era a única escola que tinha o Ensino Médio (antigo colegial).

Mas, em nossa comunidade, nossa escola era admirada por mts e de uma pessoa que me lembro muito foi a 1º Diretora do Paulina, prfa.Léa Pitelli, que participava a seu pedido dos nossos Conselho Pedagógicos, o chamado CP, onde eram discutidos e analisados semanalmente, toda a evolução do nosso programa de trabalho, inclusive algumas decisões importantes sobre novos rumos a tomar em função de novos acontecimentos políticos, pois não podemos esquecer que estávamos plena ditadura militar.

Muito de nossas técnicas foram utilizadas pela Prof. Léa lá no Paulina, como trabalho em equipe, estudo dirigido e outras, o que tornou sua escola uma referência em Barretos. Bom, acredito, que nossos als, mt precocemente, já estavam preocupados com a realidade em que estava vivendo, questionando, indagando, procurando respostas, o que em escola tradicional como o estadão não seria possível obter.

Com isso estou procurando dar alguns esclarecimentos, pois com todas estas lembranças, tão vivas, acesas na mente de nossos alunos é para nós professores, motivo de mt alegria, de agradecimento, por um trabalho feito com mt carinho, com mt amor....

Abraços a todos.

Prof.Espedito.

Choques - Tania

Prof. Expedito, enquanto lia seu relato, vinham à minha mente algumas recordacoes que sao pertinentes.

Como todos, tambem tive um choque ao entrar no Estadao depois do Voca. O primeiro deles foi com as aulas de ingles que eram com uma profª que mal sabia o que la fazia com um livrinho surrado de gramatica e que cuspia ao falar, um horror! Isso me causou um bloqueio e que ate hoje me prejudica pois moro nos EUA e ainda nao domino a lingua. Eu adorava Ingles e a profª Marielza, onde desde a primeira aula tinhamos conversacao e assim durante os quatro anos.Gostava tanto que no ultimo ano do Voca foi dito que eu realmente tinha muita facilidade com Linguas. Esse bloqueio so se deu com Ingles pois depois do Estadao fiz varios cursos de Ingles e nao adianta, algo travou .....rs

O segundo choque foi com uma profª que substituia a profª Olentina, de biologia. Ela simplesmente nos fazia ler o livro BSCS em sala de aula e depois relatar o que haviamos entendido. Ate que um dia tive uma duvida sobre enzimas e nao consegui dissipa-la apenas lendo o livro, minhas duvidas continuavam, dai perguntei em sala de aula à professora e ela me mandou pesquisar no livro e eu, educadamente, disse a ela que ja o havia feito e que se fosse pra ler o livro nao havia necessidade de irmos pra escola, fariamos isso em casa, ou seja, ela nao tirava duvidas. A partir dai ela me "marcou". Tivemos uma "chamada oral" sobre o modelo do atomo. Estudei tanto e quando fui chamada eu desenhei e expliquei todo o modelo com todos os detalhes que haviam no tal livro e ela me deu ZERO! Justificou-se dizendo que ela nao havia pedido pra explica-lo todo mas apenas uma determinada parte. Bom, voltei chorando pra casa e minha mae, foi conversar com essa professora (coisa que ela nunca fez) e perguntar qual era o problema dela comigo pois nao achava justo o que ela havia feito. Minha mae, vendo que aquela conversa nao iria melhorar em nada, simplesmente me transferiu para o Paulina. Dona Lea era excepcional! E fez sim daquele colegio um modelo.

O trabalho feito pelo Vocacional, foi sim , como o sr mesmo disse, um trabalho de muito amor e muito carinho! Obrigada por fazer parte desse time
Abracos
Tania

Projeto de Discoteca - Tania de Castro - lá de longe...

Dalton, nao estou conseguindo me lembrar com exatidao de voce. Meu nome é Tania de Castro Abdalla e tambem fui da sua turma. Estou aqui fazendo uma viagem fantastica pois voce escreve muito bem, com riqueza de detalhes que da ate vontade de mostrar pros meus filhos pra eles verem que tudo o que disse sobre o Vocacional era exatamente como voce estava descrevendo.
So fiquei triste, esperando que a qualquer momento eu entrasse nessa historia pois estava lendo e revivendo junto, mas vopce parou. PAROU PORQUE? Tava muito gostoso! Quando vc volta pra contar mais coisas que refresquem minha memoria?
Eu me lembro que fiz, na 3ª serie, uma sala de música, na materia de Projeto. Uma "discoteca", kkkkk, cheia de cartazes, discos de vinil e a gente ficava curtindo nos intervalos e nos recreios. Era muito gostoso. Confiscaram um disco meu "je t'aime" que tinha sido proibido e eu nem dei bola, ate que chamaram mamae pra devolve-lo, hahahaha.
Bom, espero mais historias. Brigadao e Abracos
Tania